À terceira, combinámos que seria a meias.
Explicar como tudo comecou, sendo que so para explicar o que eh “tudo” seria necessario muito mais que um post, tem o seu que de peculiar…
Estaríamos aqui até amanhã, provavelmente nem chegava e como ninguém ía perceber nada mesmo, o melhor é cingirmo-nos aos factos.
Nao houve troca de olhares (nunca nos vimos), nem troca de palavras ao ouvido (tambem nunca nos falamos)... Apenas nos lemos.
O causador do tal tudo tera sido o JP, usando o seu blog como catalizador… (comeco a pensar que ele ja faz isso de proposito, alias, na epoca baixa podia usar o blog como sala de convivio). Na sua lista de blogs encontrava-se (como nao?) o blog dela… estava eu longe de imaginar que era a minha sobrinha…. “Devagar, mas com confianca”…. Hummm… vou espreitar!
Sem dúvida, a culpa de tudo isto é do JP. A quem temos de agradecer. Obrigada JP. Nada disto seria possível sem ti e sem o teu blog.
Nao sei quantos posts li, mas sei que demorei a sair da li. Ela nao deixava. Os seus relatos tem esse poder magneto-imersivo. A forma como ela descreve o seu dia-a-dia , faz inclusive lembrar alguem num filme que ambos gostamos imenso.
De um dia para o outro, o meu blog surge inundado de comentários, em quase todos os posts, os novos e os mais antigos... Pensei que algum louco me tinha começado a ler de uma ponta à outra e não faltaria muito para me aparecer à porta de casa, com convites e pedidos estranhos, dignos de um stalker.
“Ola” foi a unica palavra que enviei num email que lhe escrevi. Insisti em cumprir desde inicio todas as suas recomendacoes. Num post aparecia um endereco para quem quisesse dizer ola. Foi o que fiz. Ela respondeu. Nunca mais parou. Hoje temos o nosso blog, a que chamamos de “nossa menina”.
Quando recebi o “Olá” pensei com os meus botões… mais um… daqui a pouco vai-me começar a gabar os olhos, depois, como quem não quer nada pede-me o numero de telefone e tal e coisa. Já vi este filme… Mas resolvi responder um “Olá para ti também” e constatei satisfeita que se trava do meu tio.
Àqueles que ainda agora se perguntam… “Mas afinal eles são mesmo tio e sobrinha, ou isso é tanga?” passo a esclarecer: Vossas Excelências não têm nada a ver com isso, pois não?
Sei que nao vao (querer) nos entender. Ou vao querer dissertar sobre o que nos move. Nao importa. Desde entao que nao abrimos mao do nosso contacto.
Entenderem-nos ou não, é secundário. Nem nós mesmos entendemos. Mas sabemos que não passamos sem disto. Há coisas que não se explicam. Nem nós temos a pretensão de as explicar.
De “falarmos” numa base diaria, sobre tudo e todos, sem limites nem preconceitos, constantemente assentes numa promessa de que sempre estaremos aqui um para o outro. E nao temos pressa.
Vamos devagar, mas com confianca.